Se tem uma data esperada na cidade de Franca, localizada no interior de São Paulo e também palco da nossa empresa Élie e moradia de toda nossa equipe, é o dia de hoje, 25 de outubro, data em que todos os olhares se voltam para os sapateiros e enfatizam a importância desse grupo para o mercado calçadista.
Como você sabe, esse acolhedor município que escolhemos como morada é também conhecido como a Capital Nacional do Calçado e esse título, motivo de orgulho para todos os moradores, faz com que a cidade seja conhecido em todo o país e mundo.
E dessa vez, nós, do Mundo Élie, escolhemos celebrar essa data um pouco diferente: com uma viagem ao tempo. Isso mesmo! No texto abaixo, você, querido leitor e amigo, abrirá as portas do passado dessa indústria calçadista local. Vamos lá? Embarque junto com a gente!
Como tudo começou
Embora esteja situada no estado paulista, Franca sempre exibiu traços mineiros, prova disso é que milhares de pessoas ainda descrevem a cidade como “é paulista, mas guarda muito de Minas”.
Mas muita história aconteceu até que esse município finalmente fosse apontado como um dos principais do estado de São Paulo. Um dos primeiros desafios, por exemplo, foi acompanhar todo o desenvolvimento das cidades próximas, como Ribeirão Preto, Uberlândia e a conhecida Serra da Canastra, destinos escolhidos por muitos visitantes e que fixavam Franca como parte da rota, assim como o caminho em que percorriam até Goiás.
Há alguns anos, essas localidades citadas acima eram protagonistas em todos os sentidos, até mesmo no desenvolvimento industrial. Enquanto isso, os francanos dividiam-se entre atividades rurais e urbanas, como trabalhos com o café e processos com couro e curtume.
Ao pesquisar mais sobre a história da cidade é possível notar que muitos moradores sonhavam com a evolução local e trabalhavam muito para isso, no entanto, perdas populacionais e desmembramentos políticos são exemplos dos vários fatores que insistiam em manter Franca no quadro de cidades que viviam o retrocesso.
Entre os principais produtos exportados pelo Brasil após a sua independência estão o café, o açúcar, o fumo, o couro, a borracha e as peles. Diante desse cenário e da luta por uma vida melhor, empresários francanos investiram ainda mais em seus curtumes locais, o que sempre pareceu ser uma boa opção, pois havia muita oferta dessa matéria prima.
A partir de então, o novo amanhã que tantos francanos sonhavam foi fácil de alcançar, pois a indústria do couro e a indústria do calçado foram duas produções líderes de crescimento.
Pouco tempo depois, mais precisamente no ano de 1945, a indústria do calçado ultrapassou os números da sua companheira de caminhada, a indústria do couro, e assumiu a primeira posição de capitais investidos e mostrou que já era a hora de expandir as atividades locais.
A concretização da atividade
Mas, ainda que a indústria calçadista estivesse a todo vapor, o caminho a ser percorrido ainda era longo por volta da década de 50, período em que os francanos não imaginavam que um dia a localidade fosse reconhecida como a Capital Nacional do Calçado.
Nessa data, o maior estabelecimento curtumeiro do interior paulista e a maior indústria da região, o curtume Progresso, estava em funcionamento na cidade de Franca. Outra vantagem do município era que o número de estabelecimentos comerciais ligados aos processos de transformações do couro também aumentava consideravelmente.
Segundo consta na história da cidade, no ano de 1929, 12 dos 65 reconhecidos estabelecimentos que fabricavam calçados no interior do estado de São Paulo também estavam ativos na cidade francana.
De lá para cá, entre todos os desafios já enfrentados, a indústria calçadista mostrou-se forte e resistente o suficiente para ser nomeada como a maior produtora de calçados masculinos do Brasil e da América Latina.
Hoje, cerca de 100 indústrias calçadistas movimentam a economia local e todas, independente de seu tamanho, quantidade de funcionários, limite de produção ou tipo estrutura de trabalho, são indispensáveis para a preservação desse título.
Além das empresas de grande, médio e/ou pequeno porte, seus funcionários também são fundamentais para que a celebração dessa nomeação e do Dia do Sapateiro seja a cada ano mais especial e memorável.
Em suas mãos, esses artesões sapateiros, que cuidam de cada detalhe dos calçados com todo amor, carinho e cuidado, carregam também toda a história de luta e superação que a cidade de Franca traz desde sua origem.
Produtos feitos no território francano são enviados para os quatro cantos do mundo e isso só é possível graças ao trabalho desses sapateiros, que assim como os pioneiros registrados na história, não aceitam menos que a maestria.
Para nós, do Mundo Élie, é realmente uma honra poder trabalhar nesse local e contar com profissionais tão competentes quanto os que integram nosso quadro de colaboradores, afinal, se hoje, somos referência mundial e entregamos aos nossos amigos e clientes os melhores companheiros para os seus pés é porque os que ocupam essa profissão não ficaram estagnados no tempo.
Exemplos de adaptação, os sapateiros são, sem dúvidas, trabalhadores que não tiveram medo do novo e, ano após anos, seguiram em busca de aprender como oferecer o máximo de conforto, tecnologia, estilo, qualidade, inovação e design aos calçados que passaram por suas mãos.
Quando analisamos o passado dessa nossa querida cidade e conhecemos um pouco mais sobre a sua história, fica fácil enxergar o sonho de avançar e fazer sucesso que todos os antigos francanos que trabalharam na indústria calçadista possuíam.
Diante dessa interpretação e do patamar alcançado pela indústria calçadista local só podemos concluir que sonha que se sonha junto é sonho realizado.
Há alguns anos, sonharam por nós e mudaram a história da cidade. Hoje, nesse dia tão especial que é o Dia do Sapateiro, nós, do Mundo Élie, fazemos questão de ressaltar que continuaremos assim, sonhamos juntos para que os próximos passos (e títulos) sejam ainda melhores.