Um herói, um mito, o melhor piloto de todos os tempos, é assim que as pessoas costumam descrever o austríaco e conhecido Nick Lauda, ou como está em sua certidão de nascimento, Andreas Nikolaus Lauda. Todo esse reconhecimento é fruto de sua trajetória nas pistas de corrida e do seu caráter fora das competições também.


Sua primeira oportunidade na Fórmula 1 chegou aos 22 anos e foi então que ele mudou sua vida e a visão do esporte.

Diante de feitos inesquecíveis, ainda que problemas renais tenham culminado em sua morte no último dia 20 de maio, esse campeão viverá para sempre nos nossos corações. Afinal, embora tenha abandonado as disputas de velocidade aos 36 anos, Lauda colecionou histórias inacreditáveis (e inspiradoras!) ao longo dos seus 70 anos.

Quer descobrir um pouco mais sobre esse piloto que virou lenda antes mesmo de falecer? Para homenageá-lo e relembrar sua vida, nós, integrantes do Mundo Élie, preparamos com carinho esse texto. Continue a leitura e torne-se ainda mais fã desse tricampeão mundial da Fórmula 1:

O dia 22 de fevereiro de 1949 foi o escolhido para que o mito nascesse e a cidade palco de sua recepção foi a pacata Viena, capital da Áustria. Como era de costume na época, os filhos seguiam os passos profissionais dos pais e parentes mais velhos, no entanto, com o sonho de ser piloto aquecido em seu coração, Lauda começou a correr escondido de sua família e enfrentou, dentro de sua casa, o primeiro adversário.


Lauda começou a correr escondido de sua família e enfrentou, dentro de sua casa, o primeiro adversário, pois sua família não apoiava o seu desejo de correr.

Fiel exemplo de um homem determinado e batalhador, o jovem guardou o medo do futuro no bolso, negou a oportunidade de herdar o cargo de investidor financeiro do seu avô, ignorou a decepção dos seus familiares e seguiu driblando todos os obstáculos que surgiram em sua vida.

Convicto de seu talento, Lauda não se importou quando sua família garantiu que não o ajudaria com um centavo para o fomento de sua carreira. Mas, como ele sabia que seria necessária uma certa quantia para custear os primeiros anos de trabalho sem reconhecimento, solicitou empréstimo no banco e garantiu que o retorno viria rápido.

Foi então que, aos 22 anos e com resultados nunca vistos, sua primeira oportunidade na Fórmula 1 chegou e ele foi além até mesmo do que imaginava, mudando não só a sua história como a do esporte, que despertou o interesse dos mais diversos veículos de comunicação mundiais após suas disputas e nítida rivalidade com o inglês James Hunt.

A partir daí, o cenário das competições foi alterado e os responsáveis fizeram das mais simples corridas, grandes atrações, capazes de “prenderem” a atenção até mesmo de quem ainda não gostava do esporte.

Em 1975, no cockpit da Ferrari e com apenas 26 anos, Lauda venceu cinco provas, foi campeão do mundo e conquistou fãs de todos os cantos. Mas, no ano seguinte, o piloto precisou lutar para continuar vivo após um grave acidente no chuvoso GP da Alemanha, em Nurburgring, quando perdeu o controle da Ferrari e bateu.

Por si só, a colisão inicial já assustou os presentes, mas, o pior aconteceu quando outro competidor atingiu o carro de Lauda, que permanecia em chamas no meio da pista de corrida. Segundo os relatos, foram minutos em meio à chama e fumaça tóxica que pareceram anos.

No hospital, após incontáveis cirurgias e limpezas respiratórias, Lauda continuava sem abrir os olhos e chegou a receber a extrema-unção de um padre. Mas sua vontade de viver superou os diagnósticos médicos e seis semanas depois de encarar a morte de frente, no GP da Itália, em Monza, com o rosto todo enfaixado e a face modificada devido aos enxertos de pele, ele voltou a pilotar.

O resultado dessa competição inesperada? Lauda perdeu de seu clássico rival por apenas um ponto! A adrenalina da ocasião foi tamanha que virou enredo de um dos filmes mais vistos até hoje, o Rush, lançado em 2013.

Com o passar dos anos, Lauda decidiu abandonar as pistas e exercer a função de presidente de honra da Mercedes, o que comprovou que, independente da ocupação, o amado piloto, já estava eternizado nos pódios, as telas e nos corações.


Sua vida impactou tantas pessoas que é exibida nas telinhas também com o filme Rush.

Nós, responsáveis pelo Mundo Élie, lamentamos sua partida, mas agradecemos e aplaudimos todo o legado construído por Lauda, seja em sua vida pessoal ou profissional. Acreditamos também que o mundo precisa de pessoas como ele, corajosas, resilientes, destemidas e batalhadoras. E você? Qual a sua motivação? Conte para nós nos espaços reservados para os comentários, vamos adorar saber!